Brian Scudamore representa o lado dos negócios da franquia incrivelmente popular e multimilionária 1-800-GOT-JUNK. Nós nos reunimos com ele para conhecer quais táticas, estratégias e lições ajudaram o empresário a se transformar nesse sucesso atual.
Curiosamente, ele atribui grande parte do seu êxito a algo extremamente simples.
Nesta breve edição do TGIM, você irá:
- Aprender como Brian conseguiu ser mencionado pela Oprah e pelo Dr. Phil.
- Descobrir o valor imensurável de fazer contato com seus mentores.
- Compreender como a mídia pode ser importante ao sucesso do seu negócio.
Confira a entrevista completa abaixo:
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Transcrição:
Eu sempre acreditei plenamente no fato de que nunca sabemos o que acontecerá se não perguntarmos. Trata-se de pegar o telefone e ligar, mas isso é algo difícil de ser feito na época atual dos celulares, e as pessoas não têm os números registrados. Mas dá para descobrir o e-mail de alguém e enviar uma mensagem, ou acessar o LinkedIn e enviar um post na plataforma. Eu estou disponível, todo mundo pode entrar em contato comigo quando quiser. Acho que é possível se conectar com esses grandes empresários porque todo mundo está nas redes sociais. Uma coisa que eu aprendi depois de largar a escola e a faculdade é que eu tive que fazer muitas perguntas para obter as respostas e aprender. Incentivo as pessoas a não pensar no que deve ser falado, mas na oportunidade do que pode ser perguntado. As pessoas normalmente adoram falar dos seus problemas e do que está acontecendo, mas pense em uma pergunta que seja capaz de solucionar tudo.
Isso é igual a quando eu quis transformar o negócio em franquia, e todos esses especialistas diziam que era impossível. Se eu não fizesse a pergunta – por que não? O que me impede de franquear o negócio? O que faz do 1-800-GOT-JUNK impossível de ser franqueado, por assim dizer? Faça as perguntas e obtenha realmente as respostas – acredito que seja dessa forma que nós crescemos como pessoas, assim como nossas empresas.
O mais importante, eu acho, ao entrar em contato com alguém para fazer uma pergunta é saber qual seu objetivo, ou seja, o que você pretende com essa conversa. Se você pudesse ter três minutos com Howard Schultz, fundador do Starbucks, o que gostaria de saber, levando em conta que estará ao lado do melhor mentor do planeta para receber orientações? Escolha com inteligência e decida a pessoa para quem você ligará, ou vá até o escritório dela e faça uma visita – apenas faça isso. Conecte-se, entre em contato e peça ajuda. Um dos meus mentores é Richard Branson, e eu sabia que ele estaria na cidade para lançar a Virgin Mobile, uma nova marca. Descobri em qual estação de rádio ele iria, e apareci por lá. Eu tinha trinta e oito anos – não é como se eu tivesse dezessete anos, não o persegui, apenas apareci e disse: “Oi, Richard. Sou um grande fã”. Nós falamos por alguns minutos, e aquilo me inspirou e me deu muita energia, além de eu perceber a facilidade com que podemos nos conectar às pessoas.
Eu estava lado a lado com um dos meus mentores, que não era exatamente um mentor naquela época – ele era o fundador do Subway, Fred Deluca. Eu o vi por perto, cumprimentei-o e começamos a falar. Eu disse: “Sabe de uma coisa? Você é meu herói. Você criou essa monstruosa marca global com o Subway. Estou criando minha própria empresa de franquia, chamada 1-800-GOT-JUNK, e adoraria receber alguns conselhos. Eu poderia ligar para você outra hora?” Ele disse que sim, com certeza, anotou seu celular para mim e disse: “Me ligue a qualquer hora”. Eu liguei para ele diversas vezes ao longo dos anos. Lembro-me nos falarmos enquanto ele estava dirigindo, mas, mesmo assim, ele arrumava tempo, quarenta e cinco minutos por ligação para me orientar sobre algum desafio que eu estava enfrentando com minha pequena empresa – enquanto ele possuía um negócio de onze bilhões de dólares. Achei que ele foi muito generoso com seu tempo dedicado, e essa oportunidade nunca aconteceria se eu não dissesse: “Fred, sei quem você é e adoraria conversar”.
Comecei a gostar muito de pedir ajuda à imprensa. Quando peguei o telefone e liguei para o Vancouver Province, nosso jornal local, em 1992, e disse que tinha uma ótima história para contar, eles responderam: “Qual é a história”?
E lá estava eu falando com a redação e dizendo que eu era um estudante desempregado em busca de um trabalho de verão e de uma maneira para pagar a faculdade – e que tinha acabado de comprar um caminhão e começado a transportar lixo. Basicamente, esse era o modelo básico de negócio que se transformou no 1-800-GOT-JUNK. Eles adoraram a história e colocaram a gente na primeira página do jornal, além do nosso telefone estampado na lateral. Os motoristas de ônibus sacudiam seus jornais em nossa direção enquanto passávamos por eles. Viramos heróis locais durante 15 minutos. Eu aprendi que o poder da cobertura jornalística gratuita consiste em a) Algo muito poderoso, porque se trata de mídia de massa; e b) É grátis. Será grátis se você pegar o telefone e contar sua história. Estamos na época do storytelling. As pessoas querem ouvir histórias.
O mundo dos meios de comunicação mudou, e frequentemente temos contribuições – pessoas, assim como eu, que estão escrevendo suas próprias histórias. Eu escrevo para o Wall Street Journal, Profit Magazine, Forbes, Globe e Mail – é aquela mesma filosofia de chegar e perguntar. Eu fui visitar meu amigo Lorne Feldman em Nova York. Bati na porta dele e disse: “Eu adoraria escrever com você para a Forbes”. Ele respondeu: “Você é um empreendedor e possui uma energia boa. Eu adoraria tentar. Escreva seu primeiro artigo, e vamos ver”. Trata-se realmente de perguntar. Acredito que vivemos em um mundo de oportunidades, e elas estão geralmente bem próximas da gente, mas você precisa dar aquele passo a mais e pedir ajuda a alguma pessoa. Peça para que ela faça parte daquele impulso que você sabe que ambos podem construir juntos.
Notas do programa:
Sobre o TGIM: o TGIM é um podcast voltado às pessoas que não veem a hora da semana começar. Em cada episódio, nós traremos histórias inspiradoras de empreendedores que superaram obstáculos, construíram empresas incríveis e agora estão vivendo a vida que sonhavam.
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